Empresários, médicos e instituições privadas no estado da Bahia estão se unindo para viabilizar, com recursos próprios, a aquisição dos medicamentos Cloroquina, Ivermectina e Zinco, utilizados em vários protocolos de combate ao coronavirus, para serem doados para tratamentos daquelas pessoas que não podem pagar pela compra destes ou não os encontram nas farmácias. Para não incorrerem em irregularidades, estes grupos, orientados por médicos experientes e profissionais de saúde, seguem as normas e determinações das autoridades nacionais e internacionais de saúde quando o assunto é o tratamento a referida pandemia. Para surpresa de muitos, o grande inimigo nessa guerra, segundo os voluntários dessa causa, chama-se “Política”.
A médica Caroline Martins Fernandes, da cidade de Teixeira de Freitas, afirmou em uma rede social que o público atendido é a população carente, que mesmo tendo uma receita médica, se vê impossibilitada de lutar pela preservação da sua vida por não possuírem recursos para comprar a medicação prescrita pelo seu médico. Ela sugere que essa iniciativa deveria ser apoiada pelo pelas autoridades do executivo e legislativo, porém, em nome do poder ou de forças estranhas, tem contornos diferentes e causa espanto, pontua a médica.
Caroline revela o sentimento de perplexidade e impotência com a atuação do Estado, contrário a iniciativa do grupo, dando o exemplo de um episódio inacreditável ocorrido. “Fomos surpreendidos com a chegada da Vigilância Sanitária estadual,” em uma ação de doação de medicamentos na cidade, “estamos retendo as receitas com os termos de consentimento assinado pelo paciente,” ou seja, dentro de todas as normas estabelecidas.
Como não foram encontradas irregularidades na ação do grupo “eles autuaram as farmácias de manipulação da cidade e recolheram todos os remédios que nós, da iniciativa privada, compramos dessas farmácias, com a ameaça de interdição, ou seja, se as farmácias de manipulação não entregassem esses medicamentos eles iriam fechar os estabelecimentos.” “Eu não vou desistir, eu quero fazer o bem à população que não pode ter acesso a essa medicação,” “Vamos continuar na luta a favor de vocês,” conclui emocionada Caroline.
O vereador da cidade de Teixeira de Freias, Roger Galetos, também manifestou indignação em uma rede social com o ocorrido e cobra, da vigilância municipal e da prefeitura local, providencias junto a autoridade responsável pela tentativa de intervenção na boa ação do grupo. Ele cita ainda o governador do baiano, Rui Costa, como mentor dessa intervenção, em nome da política e por interesses do grupo a que faz parte o mandatário do executivo baiano.
Quanto à eficácia dos medicamentos citados
Aos que alegam que os medicamentos citados podem fazer mal a saúde ou não tem eficácia garantida, vale destacar que, segundo o Ministério da Saúde, não existem remédios com resultados plenamente eficazes para o tratamento do coranavirus, todos fazem parte de algum dos vários protocolos utilizados no combate a pandemia. Todos são autorizados e mesmo recomendados. Todos podem fazer algum mal ou trazer efeitos colaterais, porém estão estes contribuindo em todo o Brasil para salvar vidas.
O Ministério Público, como instituição pública autônoma, que tem a incumbência de defender a ordem jurídica e os interesses sociais, coletivos e individuais, precisa se manifestar, contra ou a favor das denúncias aqui narradas.
Atualização em 14/07 às 16h
A Dra. Caroline Martins Fernandes afirma que, ao contrário da justificativa da fiscalização que reteve, irregularmente, os medicamentos ofertados a população carente, o coletivo de voluntários possui farmacêutico responsável e alvará de funcionamento, tanto que os medicamentos apreendidos foram devolvidos.
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